Livro a livro, página a página,
busco as palavras que melhor te possam definir,
mas a tua grandiosidade,
não favorece quem domina a ciência do literato.
O desespero leva-me a vaguear
por um extenso deserto onde,
um a um,
cada grão de areia se transforma no que verbalmente
desejo partilhar contigo,
mas as palavras,
as que podem dignamente descrever a importância
que tens na minha vida,
são como a água num deserto,
não existem em abundância,
não passam de uma breve miragem.
Sinto a mão adormecida por não saber o que escrever.
Faltam-me as palavras…
Humildemente,
escrevo nesta folha de papel a única palavra que encontro
neste extenso deserto, onde vagueio em desespero,
apenas, a que considero ser digna da tua existência.
É pouco, bem sei!
Muitas outras devem existir,
mas por serem tão raras,
não as consigo encontrar.
Por essa razão,
escrevo-a com a certeza que me vai na alma.
“OBRIGADO”.